O amor e o seu tempo

O amor e o seu tempo

Não se pode falar de amor no plural

Como se mais que um fosse possível

No curtíssimo período de uma existência

Pois, quando se instala, o amor se eterniza

Como o bloco mais duro de uma pirâmide

Nossa viga-mestra e nossa ruína

A vida parece parar quando termina um amor

Mas eis que ela continua... e ele também

A se mostrar tão vivo, quando o supunha morto

Pois, ao amor, o tempo é inútil

Quando tudo na vida gira em torno de si

Incluindo os ponteiros dos relógios

(Djalma Silveira)