Meu medo.

Tento disfarçar, mais em desespero

sou eremita desiludido.

Sinto-me angústiado

na busca de um antídoto

cujo hospedeiro não consegui capturar.

Seu cheiro, seu sabor,

intensa varredura do teu ser,

foi querer. . .

Cada segundo que passo sem perceber tua presença,

meu subconciente derrama constantes silabas

que desembocam num só próprio pronome.

Cada fio de cabelo

que habita tua feição superior,

me faz lembrar e cada vez me

aprofundar mais em minha húmida caverna.

Constantes avalanches,

do não querer, do rejeitar,

ao passado suplico retornar.

Pois dele retiro,

ao menos um ombro amigo,

amenizando, eternamente,

meu dissecado coração.

Manoel Alfredo de Jesus Junior
Enviado por Manoel Alfredo de Jesus Junior em 24/10/2006
Reeditado em 24/10/2006
Código do texto: T272169