Meu medo.
Tento disfarçar, mais em desespero
sou eremita desiludido.
Sinto-me angústiado
na busca de um antídoto
cujo hospedeiro não consegui capturar.
Seu cheiro, seu sabor,
intensa varredura do teu ser,
foi querer. . .
Cada segundo que passo sem perceber tua presença,
meu subconciente derrama constantes silabas
que desembocam num só próprio pronome.
Cada fio de cabelo
que habita tua feição superior,
me faz lembrar e cada vez me
aprofundar mais em minha húmida caverna.
Constantes avalanches,
do não querer, do rejeitar,
ao passado suplico retornar.
Pois dele retiro,
ao menos um ombro amigo,
amenizando, eternamente,
meu dissecado coração.