VISAGEM
Como um objeto não identificado
Você surge por momentos breves
Leve flutua nua no meio leito
No meu peito, meus instintos.
Seu grito solitário me apavora
Procuro pela aurora para as trevas dissipar
Mas a noite continua e você ainda nua
Flutuando no espaço me enlouquece,
E permanece no meu quarto.
Tento em vão abrir a porta
A fumaça me sufoca
Você pra mim sorri
Desespero me entontece
Somente com uma prece
Você se afasta de mim.
E agora tão sozinho
Lembro só do teu carinho
Quase morro de saudade
Vendo à luz do teu olhar.