Espera-me na tua porta
Sentada na sua porta,
Esperando-me passar,
Agarra-me com teus olhos,
E não queira me soltar!
Espera-me na tua porta,
Aos poucos irei chegar,
Me segura em teus afagos,
E nem pense em me largar!
Espera-me na tua porta,
Pouco a pouco eu vou chegando,
Abre a tua porta,
Daqui a pouco eu vou entrando.
Espera-me com paciência,
Sou matuto e sou medroso,
Não sou conhecedor da ciência,
Sou um amante e manhoso.
Não me dou assim tão fácil,
Nem me entrego com rapidez,
E assim a ti eu faço,
Um poema com timidez.