Amor, Infindável Amor II
Inútil prece do homem
na eternidade do tempo
que nasce antes da aurora
e suga o anoitecer.
Apavorado rio rumo ao mistério do mar
que enfeitiça e devora sentimentos
encarcerado num frágil corpo de carne.
Palavra, mera palavra
da palavra imortal,
que habita dentro de todos
escalando o cume dos dias.
Sol e chuva derramada
num lento entardecer
de sorrisos, gargalhadas,
soluços e lamentos.
Coração abandonado
da tragédia fugaz
no desabrigo do ser
refletido no silêncio.
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