Redenção

Não sei se mato a ti ou a mim, sem te ver,

fugindo do mar,

sem dirigir-te a palavra, corto, como um

algoz, as asas desse amor inútil.

Nesse momento, sou poder e me condeno

aos escombros da solidão,

sem luz, sem ar, mato o que de certo iria

viver mendigando...

Não mais teus carinhos, que por um segundo,

fez minha alma voar,

Não mais nosso ninho que esmoresceu-se

no fundo do mar...

Agora só a fuga me salva e a desculpa te deixa

impune, não foi teu sorriso, não foi teu olhar,

foi a espera de uma vida inteira por esse teu jeito

estranho de com as coisas da vida lidar...

Ada Mendes
Enviado por Ada Mendes em 22/01/2011
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