Diante de ti.

Calo-me diante de ti,

porque de ti não me sai palavras.

Mas, curvo-me diante de ti,

porque de ti vejo realeza.

Choro diante de ti,

porque de ti não me vem nada.

Mas, sorrio diante de ti,

porque em ti vejo beleza.

Morro diante de ti,

porque em ti não está a minha vida.

Mas, vivo diante de ti,

porque a morte já se deu por vencida.

Sofro diante de ti,

porque minh'alma se faz sofrida.

Mas, alegro-me diante de ti,

porque essa paixão me é convencida.

Todo esse conflito da minha mente doentia,

é o vício da droga que na veia finco

e finco também na sina do meu dia a dia,

porque nada sou... Mas, tudo sinto.

Então ressurjo diante de ti,

porque somente por ti existo.