Na minha concha de versos

Em uma concha de versos vou dormir

Em seu limoso escuro mais profundo

Longe do mundo, da vida, longe de ir

Acho que mereço o verso mais imundo

Nesse frio, sinto minha alma fosse partir

Fosse me deixar sozinho neste fosso fundo

Acho que me desviei da luz do seu sorrir

Do castelo cercado e espinhos que foi mundo

Dentro era afável, rico, um berço, um terço

Por fora, era escuro e espinhoso, não mereço

Não tal lembrança passada, sou viscoso

Como lembrar pode ser tão aflito e doloroso?

Por isso vou vegetar na concha, vou me despir

Sonhar, mas se tiver a sorte ou benção de dormir.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 01/02/2011
Código do texto: T2765489
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