Rascunho perfeito
Meninos correm soltos pelo quintal,
as roupas continuam secas penduradas no varal.
É uma manhã tétrica de verão...
Todas as portas e janelas estão abertas,
Mas, os meus passos estão sem direção.
Num céu que me parece quase azul...
As nuvens gigantes se rebelam, sendo lançadas rumo ao Sul.
E, o vento hostil sopra sem cessar
Jogando contra o meu peito...
Folhas secas que me fazem chorar.
Eu escrevo versos para ninguém,
E minhas letras deformadas...
Se escondem e se revelam, nas minhas noites cálidas.
O tempo se rompe e tudo agora se desfaz,
Em pretérito e presente, mas no futuro eu almejo à paz...
Eu escrevo versos para alguém...
Que segure em minhas mãos enterradas,
E, me faça sorrir feliz...
Nas minhas tardes mais solitárias.
Teu rosto é rascunho perfeito para os meus versos.
Entre a noite e o dia...
Escrevo o teu nome com as estrelas do universo...