Amor, cego amor

Teu olho já não me vê

Meu perfume não sente

Teu tarô não me prevê

Acaso da vida lhe mente

O olho cego, veja você!

Não cobre o que lhe tente

Dobre o que está à mercê

E desta sina se alimente

Ali sente em risos loucos

Colecione os louros poucos

Grite a tua cegueira mortal

Escuto ainda o amor carnal

Com gemidos mais videntes

Com a liberdade dos dementes.

lordbyron
Enviado por lordbyron em 09/02/2011
Código do texto: T2781701
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