A Lua, um Morcego e um Poste de Luz.

Na ventania dos crepúsculos quentes,

Me pego olhando a lua.

Grande e redonda.

Amarela também.

Num céu sem nuvens é onde está.

Céu que antes azul,

Já se rende à falta de luz.

Mas ainda carrega algum azul.

Um pouco desbotado, mas bonito.

E a lua nele.

E eu olhando a lua e ele.

Um morcego dá voltas na lua.

Sem querer, é claro.

Dentre suas preocupações,

Certamente não está alcançar a lua.

Mas foi fácil compará-lo

Com os insetos que rodeiam

O poste de luz da rua.

Tudo esquisito e escuro, menos a lua.

A lua, um morcego e um poste de luz.

Junte a isso os tetos das casas,

Fios de energia e árvores altas.

O vento continua...

Caramba, que sem graça!

Monótono como eu.

Tudo bem pra mim.

Pelo menos, foi a primeira vez no dia,

Que eu não pensei nela.

Ronaldo leandro quintino
Enviado por Ronaldo leandro quintino em 31/10/2006
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