ATOS

ATOS

Como não cambalear

no meu ultimo ato

O teu ultimo abraço

primeiro de tantos outros passados

uma sincera vibração

fez-se laço

no canto do olho

a cor boba transparente

umedecia a mais bela metamorfose

paisagem de nossos corpos

turbilhão dos atos

virgens, imaculados

como não recordar

a viagem de tua mão

sobre meus dedos

sublime, leve

sem a palavra não dita

sem a corda partida

sem o farfalhar de tua despedida

no ato vazio

desfe-se, sonho volátil

desce no canto do olho

a dor transparente úmida

na morte da esperança

jaz meu amor

a extrema gota d’água

última

Cíntia Thomé

"Não há mais nada a lamentar quando os corpos já não permanecem

com um único coração...o tempo mingua e o amor fica vazio"

.@DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS.

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 12/02/2011
Código do texto: T2788332
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