PERCURSO

PERCURSO

O que procuro na noite

Que parece que nunca finda

Seria a minha flor em tua mão

Assim atrevida, assim delicada

Que ficasse eu despetalada

Como a primeira vez dos meus dias

Assim tão vermelha

Como a minha face ruborizada

Em todos os beijos

Do mundo

Assim tão devassa

Como o amanhecer

Que abraça

A lua que míngua

Derretendo fugaz

sonhos, qualquer caminho

assim tão cega

como qualquer gesto

do artista

sempre sempre

um pedaço dele

morrendo

Cíntia Thomé

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Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 12/02/2011
Código do texto: T2788339
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