Te Ver Dormir
A noite já se aproxima em saudações gentis
E numa timidez contida,
Pede licença e traz consigo
A ilustre presença de uma Lua cheia
Que nem fria nem sombria recepção
A grande estrela branca
Apenas nos dá a honra de sua aparição
Como se tivesse sido convidada,
A ser perfeito cenário de nossa desnuda recíproca companhia
E na falta de vontade de deitar meus olhos em descanso
Fico a observar a pálida luz da Lua
Que incide sobre as curvas perfeitas de teu corpo nu...
E sobre a tua pele branca,
A luz me ofusca o juízo
E chama a pecar minha razão a acariciar-te,
Em suaves afetos o arrepiado corpo teu
Porém rejeito e me demonstro forte,
E digo que não quero me sucumbir e destruir
Tua tamanha beleza singela infindável,
Daquele momento unicamente esplêndido
Do qual não iria meus olhos, de ti se desfazerem tão facilmente
E facilmente fui me apaixonando por aquela imagem...
Por ti.
E não me atrevia parar de observar um segundo sequer
O virol translúcido que cobre tua cintura esguia,
Bailava conforme as danças do vento disritmado
E teu corpo dizia estar em efêmero incômodo.
Contorces em sutis reclamações de um frio noturno
E que termina com um teu sorriso angelical
Quando toco meus lábios em tua face sedosa
Peço e imploro,
Para que a noite não se despessa
E nem leve embora a luz da Lua...
Faria de tudo...
E faço!!
Qualquer coisa nesse mundo
Para simplesmente te ver dormir novamente