A Gente Faz A Festa

A alegria que chega de repente, entorpece

Que faz tolo o sábio, do pranto um brado

Que da fria razão se enlouquece

Do sentimento gélido, ferve desvairado

Que nem na amnésia, de cada minuto se esquece

Cada riso, olhar compartilhado

E de toda a espera agora se embevece

E das partes o sentimento, unem-se, entrincheirado

E o olhar meticuloso de ambos, o sentimento enobrece

E se vem o pranto, é para o riso ser aumentado

Das fugas das maledicências, de prazer enaltece

Nem o por vir das intempéries, só o deixa extasiado

Cada pró e contra, tende para o fim, paixão seu clichê

Pois cada dia se torna para ambos, sempre mais adjetivado

No seu toque, na mente calma, torna-se um fuzuê

O seu olhar deixa o mundo "arritmado"

Num ser frio, transparece um platônico a mercê

No mais que tente o sentimento não surge explanado

Momento peculiar que o pobre de sentir, se faz enriquecer

Já as idéias não sendo possível da mente, lançar-se, exaltar

Verso este pontua, paixão meu parecer.