Cacos de Vidros

A imagem turva na janela

Provocada pela chuva.

Trazia a face inútil

do outro lado da moeda.

E depois da guerra

eu juntava os cacos de vidro.

Quando o amor acaba

Ele se parece com isso.

Pequenas partículas que são

Invisíveis.

Parecidas conosco, insensíveis

Na busca de outro amor.

Pois no fundo ficaram resíduos

da antiga paixão.

Que quando um dia acabou.

Foi como um tsunami que levou

Todas as boas sensações

que estavam guardadas

em nossos corações.

O amor é como cacos de vidros.

É quase impossível juntar

ao se quebrar.

É muito difícil colar lembranças

e memórias.

Depois de tanto amar e magoar.

Mesmo juntando os pedaços.

Não será igual ao que um dia foi.

Antes de se quebrar.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 25/02/2011
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