De repente

De repente, não mais que de repente...

Parece-me que já li algo parecido, mais que isso na verdade, exatamente.

Acabou.

Mas, uma brisa sulista que soprou, me fez mudar de ideia quase que instantaneamente...

Ouço uma canção deliciosa que gravo em minha mente.

Me ponho a escrever, escrever loucamente.

Mas nunca sem sentimento, e transfigura-se um vento, Ventania, VENDAVAL!!!

Que me refresca o calor árduo de um dia de verão.

E me traz com um efeito colateral tristeza em meu coração.

E vagamente, adoravelmente, vago sem rumo

Mas sei onde vou, se não tem lugar arrumo.

E me lembro de um soneto lindíssimo que li.

E de repente, não mais que de repente...

O mesmo vento ou não, já esqueci completamente.

Se outrora me tocara num beijo suave.

E ouço sua voz na mais linda clave de sons celestiais...

De luz incandecente

Me lembro ou esqueço num espaço de um simples

D-E-R-E-P-E-N-T-E.