DINA, amor

Nos meus quinze anos a Dina era menina e eu um sonho meu,

Amava suas belas tranças pela manhã, ao acordar e durante todo o dia,

Anoitecia e Dina apenas não me via e ainda assim eu sonhava.

Eu tocava a areia sublinhando seu nome, sublimando seu rosto,

Cantava e dançava ao sol do meio dia e suava lágrimas de alegria,

Aos meus quinze anos eu queria tanto abraçar e beijar a menina.

Hoje penso nos caminhos trilhados por mim quando do sonho saí,

Não vi Dina nas esquinas, nem me queimei ao sol do meio dia.

Hoje eu sinto a saudade da minha idade enquanto busco a razão,

Porque meu coração perdeu-se pelo caminho entendo a mulher,

Aquela que enquanto menina fazia-o cantar sem vê-la crescer,

Hoje mulher de deitar não mais parece a menina que me fez sonhar.

Entre o tempo de ontem eu vi um rosto se desfazer como nuvem,

Olhei o céu imaginando um jardim perfumado de lindas rosas,

Enquanto corria as margens uma realidade apaziguada em poesia.

Porque entre um sonho de amor juvenil e a paixão suada e ofegante,

Ficaram os versos que jamais ousarei declamar sem Dina para ouvir.

Ps. Meu namorado escreveu.

A Namorada
Enviado por A Namorada em 04/03/2011
Reeditado em 04/03/2011
Código do texto: T2829147