DINA, amor
Nos meus quinze anos a Dina era menina e eu um sonho meu,
Amava suas belas tranças pela manhã, ao acordar e durante todo o dia,
Anoitecia e Dina apenas não me via e ainda assim eu sonhava.
Eu tocava a areia sublinhando seu nome, sublimando seu rosto,
Cantava e dançava ao sol do meio dia e suava lágrimas de alegria,
Aos meus quinze anos eu queria tanto abraçar e beijar a menina.
Hoje penso nos caminhos trilhados por mim quando do sonho saí,
Não vi Dina nas esquinas, nem me queimei ao sol do meio dia.
Hoje eu sinto a saudade da minha idade enquanto busco a razão,
Porque meu coração perdeu-se pelo caminho entendo a mulher,
Aquela que enquanto menina fazia-o cantar sem vê-la crescer,
Hoje mulher de deitar não mais parece a menina que me fez sonhar.
Entre o tempo de ontem eu vi um rosto se desfazer como nuvem,
Olhei o céu imaginando um jardim perfumado de lindas rosas,
Enquanto corria as margens uma realidade apaziguada em poesia.
Porque entre um sonho de amor juvenil e a paixão suada e ofegante,
Ficaram os versos que jamais ousarei declamar sem Dina para ouvir.
Ps. Meu namorado escreveu.