Minto, se não digo
querer-te.
Se não faço sonhar-te
com o rosto ruborizado,
vermelho, junto à janela.
O respiro ofegante
contrapõe-se à noite
que orvalha o vidro.

Eu temo ter milhares
de tormentos banidos,
infernizar-te, ser bandido.

Ainda assim,
a quero nua, minha.
A quero crua, revolta,
envolta em sentimentos.
Momentos pelos quais,
minh'alma delira,
e em desejos flutua.