Armadilhas
Pra que sofrer diante de um fato já esperado?
Por que lamentar o que aconteceu,
Quando na verdade,
O acontecimento era irrefutável?
–Que poder é este, de superação, que tanto buscamos,
E nunca o alcançamos?
Não se pode dizer-se intocável por nada...
Quando menos esperamos,
Sentimo-nos embaralhados, entrelaçados
Nas armadilhas da vida,
E, em regra, são armadilhas sentimentais.
Não se pode se autointitular imune
De sentimentos refutados
Por medo,
Por defesa,
Por insegurança e, sobretudo,
Por proteção.
– Proteção? Sim!
Proteção às pessoas, às histórias de vida, aos valores.
Não se pode, jamais, tentar frear sentimentos,
Quando na verdade, eles saem em disparada,
Como um caminhão carregado
Descendo ladeira íngreme, de forma desordenada...
Não podemos, não conseguimos facilmente, não devemos...
Mas tentamos!
E é norteada nesta força, neste querer, nesta determinação, que digo:
Tentarei te esquecer!