AMOR EXIGENTE

O amor que partilha não tem vícios,

Só ternuras num olhar, entregas sadias,

Olhos que marejam, lágrimas que caem,

Sereno como uma criança que dorme,

Pétalas de rosas que desabrocham,

E diante de sorrisos se torna exigente,

Pois suas reciprocidades são lindas.

Desperta até corações adormecidos,

Que não tinham conhecido seu fulgor,

Pois indiferentes não viam os sorrisos,

Da mulher tão linda que lhes acenavam,

Até que num dia o amor vai se instalar,

E ali, num casal que nem se conhecia,

Brotam sensibilidades que enternecem.

Vêem com uma magia que não tinham,

Todas as nuances que o amor desperta,

Como se tocar numa troca de carícias,

Ternas, puras, que seus corações buscam,

E depois reconciliados vão viver intensidades,

Que existem e simplesmente desconheciam,

Como ver a lua lhes acenando para amar.

Notam que as flores tem belezas que não viam,

Perfumes extasiantes que despertam o amor,

E se as pétalas perfumadas abrem seus sorrisos,

É sinal que podem ser tiradas do seu caule,

Para ser oferecida à mulher que também é flor,

Pois ela deve ser tratada só com deleites,

E seus encantos se espalharem com ternuras.

Buscam depois outros encantos escondidos,

Como a manhã serena despertando preguiçosa,

E a natureza em festa brinda os enamorados,

E os pássaros em revoadas cantam seus cantos,

Até o sól se pôr em cores no horizonte lindo,

E o manto da noite vai se espraiando devagar,

Com as estrelas em festa querendo até brincar.

23-03-2011