CERTA BELEZA

CERTA BELEZA

Apaguem a luz

Não há galhos nas calçadas

Perderam-se na dor da estrada

O risco, riscado da palavra

A dor lancinante

Do alfinete, um coito

Perfura alma, corre, corre

Refeita a cama em chamas

A garganta não agüenta colarinhos

Afrouxa a vida, alisa meus pelos

Lambe a pele, lambe suor

Calafrios dos meus cios

Recostada ao seu corpo flamejante

Amor, amor profundo

A louca e o louco

O amor e o amor

Fios eletrizados, curtos

Nos faróis do carro

Morrer, morrer

Paixão derramada

Certa beleza d'alma

Nos céus de todas as bocas

Sussurros, ais, ais

Silencios gravitam

Ai que amor ai

Ai que dor ai

Quando amanhece vai

E você não volta

Apagada, transparente

Volta, volta

Amor, amor

Assim chamo-te

Chama, chama...

Arda

Cíntia Thomé

Campinas, 1° de abril 2011

...uma saudade que dou direito, mas nunca mais dever, pois há lágrima e hoje posso escrever poesia, pois todas as poesias tem gosto de 1° de abril...esvai-se, uma mentira de amor, de sonho verdadeiro, bem sonhado...bem vivido...

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 01/04/2011
Código do texto: T2884416
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