O crepúsculo beija a tarde,
num emaranhado denso,
e seu alaranjado intenso.
E assim, todos os dias
beija a tarde.

 
Mas por que? Não se sabe...
Repetindo-se, rotineiramente
e cada vez mais belo!
Por poesia, torna intensa,
infinita, as vestes cotidianas.

Sempre, infindo, 
invade as mornas cavernas,
as vivas tavernas
e toda obra e moda moderna.

Deixanto tudo pra trás,
sem sequer avisar.
Uma saudosa tarde emana,
no relógio perdido,
em nossas  memórias...