Pedaço por pedaço
Dói-me não fruir, lutar contra
o mal assolador que remonta
reiteradamente minha tortuosa irreparável sina
Vidas esquecidas, uma por dia
Pedaço por pedaço, caco em
despedaço, este embate são larvas
que estancam o apodrecido sem
memórias preenchidas de corpos, estacas
Cravadas são o resumo sucedâneo
do louco, do enforcado litorâneo
prostrado no amontoado arenoso, aquático
A imensidão dos pântanos reduzidos
são as algemas que enlaçam
meu coração, preso, já vencido
de tanto fala ele chora
de tanto cala-se ele implora
O canto o seu pranto
M. F. C.