Pedaço por pedaço

Dói-me não fruir, lutar contra

o mal assolador que remonta

reiteradamente minha tortuosa irreparável sina

Vidas esquecidas, uma por dia

Pedaço por pedaço, caco em

despedaço, este embate são larvas

que estancam o apodrecido sem

memórias preenchidas de corpos, estacas

Cravadas são o resumo sucedâneo

do louco, do enforcado litorâneo

prostrado no amontoado arenoso, aquático

A imensidão dos pântanos reduzidos

são as algemas que enlaçam

meu coração, preso, já vencido

de tanto fala ele chora

de tanto cala-se ele implora

O canto o seu pranto

M. F. C.

Maico Fernando
Enviado por Maico Fernando em 17/04/2011
Reeditado em 21/11/2011
Código do texto: T2914870
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