UM poeminha de AMOR...

Poesia,

seja discreta,

pise devagar.

Somente ela deve entender,

somente ela pode perceber,

que estou a falar de amor...

Poesia,

sua voz é cativante,

então, fale baixinho.

Deve que ela dorme,

Deixe-a dormir sossegada.

De manhã, sussurre nos ouvidos dela...

Poesia,

agora fale que é hora,

tome a mão dela e fale.

Quase fale de amor,

quase fale de saudade,

deixe que ela se dê conta...

Poesia,

Se a mão tornar insegura,

se um fado tocar na hora...

Emudeça. Silencie de pronto.

Se um acorde soar forte,

já será poesia, não fale nada!

Poesia,

Se lhe faltar o ar,

se lhe fugir o chão...

Essa é à hora, fale ao coração,

não diretamente, pela tangente,

ela deve captar o quiser captar.

Poesia,

depois volte e me fale

baixinho se ainda há amor.

Se será verde minha primavera,

Se terei ar puro nas minhas manhãs...

Se você poesia, será POESIA, quando anoitecer!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 14/05/2011
Código do texto: T2970537
Classificação de conteúdo: seguro