UM poeminha de AMOR...

UM poeminha de AMOR...

Poesia,

seja discreta,

pise lentamente.

Somente ela deve entender,

somente ela pode perceber,

que estou a falar de amor...

Poesia,

sua voz é cativante,

então, fale baixinho.

Pode ser que ela dorme,

deixe-a dormir sossegada.

De manhã, sussurre nos ouvidos dela...

Poesia,

agora fale que é hora,

tome a mão dela e fale.

Quase fale sobre amor,

quase fale de saudade,

deixe que ela se dê conta...

Poesia,

Se a mão tornar insegura,

se um fado tocar na hora...

Cale-se. Silencie de pronto.

Se um acorde soar pujante,

já será poesia, não fale nada!

Poesia,

Se lhe faltar o ar,

se lhe fugir o chão.

Essa é à hora, fale ao coração;

não diretamente, suavemente...

Ela deve captar o quiser captar.

Poesia,

depois volte e me arrazoe

abertamente se ainda há amor.

Se será verde minha primavera,

Se terei ar puro nas minhas manhãs...

Se você poesia, ainda será poesia, quando anoitecer!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 16/05/2011
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2973207
Classificação de conteúdo: seguro