Homenagem a um sádico apaixonado

Hoje construo espinhos,

há beleza nos sozinhos...

não preciso mais de ti.

Saiba, minha vida escureceu,

mas, meu verso enalteceu

a coragem dos desamados...

Hoje chega de tempo roubado,

de falar sobre amores encantados...

terei prazer em desencantar os meus...

Então pergunto para que tanta poesia,

se a vida e a agonia se abraçam noite e dia...

precisando um instante nos braços teus...

É Bom, ao invés do bilhete de amor,

um grito rasgado, incluindo a dor...

que todavia é melhor:

_Que esse amor inalterado!

Ada Mendes
Enviado por Ada Mendes em 17/05/2011
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