Senhor dos Segredos

Aquele Avesso

Tem a forma do universo

Em desatino com silêncio,

Pulsando entre perguntas e respostas,

Pedindo em prece e oração

A estrofe faltante, a lira perdida

Digna daquela poesia... Enluarada!

Diante das folhas,

Sob as palavras viajantes da brisa,

Entrego-me ao pergaminho

Resgatando d’alma em solfejos lúdicos

Que invadem a praia, deixando na areia

A partitura louvada pelo tempo

Senhor dos segredos!

Sobre a mesa prosaica

A flor, o cálice de vinho, o castiçal

Exibindo pelas paredes

Todo jeito da flor inventando frenesis,

Abrindo em partituras a estrela dos ventos

Encouraçando ensejos, brotando desejos,

Descobrindo em cada linha

Um verso de amor!

11/05/2011

Porto Alegre – RS