O POEMA PERFEITO...

Se, de repente

eu me tornasse um poeta e

surgisse de mim um poema de amor;

não um poema qualquer, mas o Poema!

Aquele que todo poeta louco sonha;

busca incessantemente e nunca

vem... Um poema real e forte

onde eu, você e o amor

seríamos unos

e eternos.

O poema, de fato,

não nasceu, nem nascerá.

Ele será ausente feito um diamante

cobiçado, de cores belas, precioso e raro!

Mas eu tenho seus olhos lindos, brilhantes

e desejosos de mim. De que sou carente?

Nem um único verso daquele poema

faz-me falta. Seremos sempre:

eu, você e um poema

distante e

alheio.

Se nos faltou o poema,

de certo teremos sempre um

céu azul e estrelado no natal de cada ano.

Eu sempre terei um natal com você!

Que falte a árvore e presentes,

que não tenhamos presépio!

Ainda assim teremos um

natal esplendoroso,

ornado de amor

e sonhos.

Parece que eu não sou

eu somente; quem sabe sou parte

do poema renitente, teimoso e meio rústico.

Tem horas que sinto que partes de mim

caminham soltas nas noites quentes!

Quem sabe o poema não sou eu e

não nos falta nada nesta

vida meio insana

e meio santa,

amém.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 24/05/2011
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