O AMOR QUE O DINHEIRO NÃO PODE COMPRAR

Do alto

Da minha prepotência

Pensei que o dinheiro

Pudesse comprar

Tudo o que eu quisesse,

Era só assinar o cheque

E mandar buscar.

Mas o destino

Quis zombar de mim!

E quando a paixão

Veio bater a porta

Desse orgulhoso coração

Não tive dúvidas,

Comprei de papel passado

O corpo da mulher

A quem tanto amava.

Foi terrível

O meu engano!

Desesperado percebo agora

Minha grande ilusão,

Pois tinha tudo

E ao mesmo tempo

Não tinha nada.

Tinha os beijos dela

Mas não eram meus

Os suspiros de saudade

Que por eles escapavam,

Era meu o seu corpo,

Mas não os arrepios

Do ardente desejo

Que ela sentia.

Era do meu lado

Que todas as noites

Ela se deitava

Tão bonita e perfumada,

Mas era por outro

Que os olhos dela

Vagavam perdidos

Pelas paredes do quarto.

E vejam só

A grande piada

Em que me transformei,

Pois mesmo podendo

Ter tudo o que eu quiser

Não posso ter

O que é meu.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 28/05/2011
Código do texto: T2998467