NOSSO NINHO DE AMOR

Quando, no pálido entardecer,

A brisa morna do mar

Vem solitária se perder,

Quando na praia úmida

Vens na viração do dia

Sobre a areia se deitar!

O vento se faz moleque

E vem brincar nas mechas

Dos seus cabelos perfumados,

E soprando-as as espalha

Dançando com elas

A luz do luar.

Então, ressonando tranqüila,

Aos poucos vais entregando

O corpo semidesnudo

Aos caprichos da maresia

Que em silêncio te acaricia.

Quando um quadro tão belo

Aos meus olhos se revela

Perco-me em suspiros

Que do peito vão escapando

Quais pássaros cativos

A fugirem da gaiola.

E a procura de um pouso

Um a um saem voando

Em busca de uma ilusão,

Querem construir um ninho

Dentro do seu coração.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 29/05/2011
Código do texto: T3000411