PROMESSAS DE SONHOS

A culpa é tua!

E não adianta sorrir-me

Em promessas de sonhos,

Pois já não creio mais na sorte,

És tu a culpada

Do meu coração bater forte

Em gélidos arrepios;

Prenúncios de morte.

Meus joelhos curvam-se

Por já não suportarem

O peso do próprio corpo,

E a face não se atreve

A olhar o próprio céu;

De lá vem o vento

Que me corta a pele.

Se, sou agora

Este horrendo espectro

A infundir pavor,

És tu a culpada!

Mas ah! Preste atenção!

E verás teu futuro refletido

Nos meus sombrios olhos.

As belas flores,

Com as quais enfeitei

Os caminhos que juntos pisamos,

Vão murchar esquecidas,

Mas os espinhos!

Hão de vingar-me um dia.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 09/06/2011
Reeditado em 09/06/2011
Código do texto: T3023268