Galpão do amor

Galpão do amor

Iára Pacini

Me espias de soslaio

pelas frinchas do galpão,

é noite de lua cheia,

e eu a te esperar,

me aquecendo em sentimentos...

Ouço na cocheira um cusco

fazendo alarido,

avisando da tua chegada

e eu muito matreira,

a delirar torrentes de desejos contidos,

no escuro do galpão te clamo:

- Amor,vem!

E meio doida e quase em torturas vulcânicas

te imploro caricias,

e na cocheira de tantos gemidos,

aliviando sentimentos contidos,

o galo dá o estribilho,

e nós em espirais de calor

através da pele,

ficamos sim entorpecidos

de tantas emoções

e sensações idílicas,

nessa insana noite de amor

Porto Alegre, 21/04/2006