AMOR, LOUCO AMOR...

Você não foi o meu primeiro amor

Nem será, tampouco, o último

Mas de todos que na vida tive

Me bastaria que fosse o único!

Eu nunca escrevi seu nome

Dentro de corações flechados

Nos troncos das árvores...

Também não fiz qualquer pedido

A estrela cadente nenhuma

Que se precipitasse do céu...

Todavia, ninguém marcou meu coração

Assim, definitivamente, quanto você...

Por um tempo que os relógios

Se recusaram a cronometrar

Inventamos nossas próprias leis...

Fomos barrancos de um rio selvagem

Que subia pelas cachoeiras

Se embebedava nas enchentes

Lúcidos como dois condenados

Esperando a morte, no corredor...

Não fosse o deserto, enfim, de areia

Hoje, mais do que riachos subterrâneos

Aprisionados, mudos, insípidos

Certamente cantaríamos felizes

Mergulhando nas ondas coroadas

De um mar que ninguém navegou, um dia...

dilermando cardoso
Enviado por dilermando cardoso em 12/06/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T3029582