Tentativas...
Se eu fosse eu mesmo seria tão mais fácil.
Veio uma vontade de chorar de repente amor... Um medo de viver.
É que se eu fosse eu mesmo, seria bem mais fácil!
E o erro parece banal.
É ele a melodia escondida, cantada só pra mim sob uma lua nova clara e tranquila.
Onde está a paz?
Onde está a paz amor?
E a tensão das palavras não ditas ressurge na lembrança que não me abandona.
A paixão, guardada do mundo a sete chaves, se revela saliente e promiscua, mas ela não é. Então por que ter vergonha?
O não saber se tornou minha realidade faz tempo, e a mentira meu mais sincero modo de falar a verdade. Já faz tempo que flerto com a palavra escondida, e me apego ao silêncio do sabor amargo da madrugada, para enfim solitário, remoer a novidade que nem é assim tão nova como fora outrora. Eu só quero poder querer.
E a injustiça é tão minha quanto do mundo. Ela é mais minha amor, que te nego para o mundo, e pra mim mesmo, que cansei de esperar.
E o esperar cansado é tão desesperançoso quanto não amar. E já não te amo amor.
E continuo a errar...
E falo de mim pra eu mesmo, que atentamente me ouço e choro por mim, por pena de minha miséria, que é só minha. Não que eu seja egoísta. É que sou medroso a ponto de ser egoísta, e meu egoísmo se perde no medo da verdade, e se torna minha doce mentira.
E não há quem culpar, porque o maior carrasco sou eu, e não o mundo, talvez seja essa a verdade que me mutila dia após dia.
É que já cansei amor.