Tentativas...

Se eu fosse eu mesmo seria tão mais fácil.

Veio uma vontade de chorar de repente amor... Um medo de viver.

É que se eu fosse eu mesmo, seria bem mais fácil!

E o erro parece banal.

É ele a melodia escondida, cantada só pra mim sob uma lua nova clara e tranquila.

Onde está a paz?

Onde está a paz amor?

E a tensão das palavras não ditas ressurge na lembrança que não me abandona.

A paixão, guardada do mundo a sete chaves, se revela saliente e promiscua, mas ela não é. Então por que ter vergonha?

O não saber se tornou minha realidade faz tempo, e a mentira meu mais sincero modo de falar a verdade. Já faz tempo que flerto com a palavra escondida, e me apego ao silêncio do sabor amargo da madrugada, para enfim solitário, remoer a novidade que nem é assim tão nova como fora outrora. Eu só quero poder querer.

E a injustiça é tão minha quanto do mundo. Ela é mais minha amor, que te nego para o mundo, e pra mim mesmo, que cansei de esperar.

E o esperar cansado é tão desesperançoso quanto não amar. E já não te amo amor.

E continuo a errar...

E falo de mim pra eu mesmo, que atentamente me ouço e choro por mim, por pena de minha miséria, que é só minha. Não que eu seja egoísta. É que sou medroso a ponto de ser egoísta, e meu egoísmo se perde no medo da verdade, e se torna minha doce mentira.

E não há quem culpar, porque o maior carrasco sou eu, e não o mundo, talvez seja essa a verdade que me mutila dia após dia.

É que já cansei amor.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 27/06/2011
Reeditado em 28/06/2011
Código do texto: T3059295