Coração indomável

Eu não sei onde ficar e não tenho para onde ir;

os caminhos dessa estrada,sempre só eu percorri;

Depois de tanto andar, e tantos corações conhecer,

Ando impávido por labirintos sem nunca me perder;

Ainda inquieto, como um passaro selvagem que não quer pousar,

passo com minhas longas asas por lugares que não vou voltar;

Deixo corações em prantos porque simplesmente é assim;

Deixo lágrimas tatuadas em cada rosto para que se lembrem de mim;

Saibam que mesmo assim, o sol vai surgir;

Pra clarear a escuridão da noite que parece não ter fim;

O tempo vai mostrar que pecado é não pecar e,

Que a vida passa rápido e o passado não vai voltar;

Me pergunto se a razão é o que achamos

ou o que disseram ser nos pergaminhos e apenas concordamos;

seguir sempre na linha e não buscar o desconhecido,

é não viver a vida e o livre arbítrio consentido;

Não vou me confinar numa gaiola,ou estático permanecer,

Vendo a noite chegar e de novo a lua nascer;

num ciclo sem fim onde o relógio fica a tique-taquear,

Nao quero ficar sentado, esperando outra vez, o céu clarear;

O tempo vai passando, é tão escasso...o mundo é tão imenso!