GAÚCHO DA FRONTEIRA

Toco na minha gaita

A saudade daquela ingrata

Que desprezou meu traje de gaúcho

Pelo brilho traiçoeiro do luxo

Foi-se embora com o mascate

Viver a vida na cidade

E eu sózinho pela invernada

Fiquei tocando a boiada

Pelos pampas do Rio Grande

Chora errante o Minuano

E a garoa molha os sonhos

Pelos prados verdejantes

Encilho o meu cavalo zaino

Jogo o laço na liberdade

Bem sei que um gaúcho

Não nasceu pra viver na cidade

E toco na minha cordiona

O vanerão da serra

Que fiz pensando nela

Sentindo a falta dela

E o cantar do Quero-Quero

Me traz notícia da prenda

Espero que ela entenda

E volte pra fazenda...

NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 29/06/2011
Reeditado em 02/07/2011
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