A flor morta de Gabriela

Perdi o medo

O olho que via como ontem

Perdi a pele que sentia o passado

Arranquei o nariz que cheirava o aroma da infância

E de novo estou vivo

O tempo perdido

Reaparece

Nada mudou

Somente eu mudei

A vida é imensa

Infinita do tamanho do céu

Da noite

Do mar

Da minha saudade de Estela

A cada flor vem a cor

O penumbra que cerca

O vontade crescer

E ser bela

Ser vista

Como Gabriela.

Que longe do jardim

Canta uma cantiga do passado

Seduzindo cada homem que quer morrer.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 01/07/2011
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