Silêncios que me calaram
Ontem você tornou-se PASSADO
Entre os silêncios que me calaram
De onde não podia mais nascer nada
Nem meu olhar te pertence agora
Foi-se a paixão
Pelo teu amor que um dia tornou-se em vão
Que me deixou por simples orgias
De momentos e desejos sem sentido
Pobre querido, quanta fantasia!
Perdeu-se na escuridão do sexo banal !
Foi-se a vontade de um dia ter-te em minha vida
Por estares distante de minhas vontades e desejos
Já não és o mesmo diante da minha agonia
Em tê-lo por perto e por agora em carne, osso e alegria
Tornou-se PASSADO um presente tão ausente
De carinhos, de afetos e consideração
Que transfromou-se em tristeza e mágoa
De justificativas infundadas e sem razão
Foi-se a vontade que eu tinha
De ter-te entre meus braços e meu coração
Minha alma agora já é triste
Por dizer-te ADEUS sem perdão
Vivias zangado sem sentido
Ficavas mudo sem razão
Queria ser dono até de meu pensamento
Minha forma de pensar e agir pra você não era nada
Querias que eu fosse uma marionete
Que agisse e falasse por tuas manobras
Bocas, falas, olhares e idéias
Teriam que passar antes por tua cabeça
Já não deixavas que meu EU fosse alguém sem amarras
Querias até respirar por minhas narinas
Já prefiro o silêncio do que minha morte
Por dentro nas entranhas tristes da vida
Com uma paixão quase louca
Me fazendo demente sem sentido
No teu silêncio agora me escuto
Querendo me ouvir gritar pra eu mesmo escutar
Sou feliz mesmo sozinha
Querendo ser mais ainda sem ser esquecida
Que um novo amor aparece agora
Pra eu respirar mais contente
Pois o silêncio agora já não me faz falta e nem é presente
Pois já me amo sem precisar me anular
Que venha um novo amor pra somente somar
Que divida comigo coisas boas pra rir
Que se atreva a fazer-me feliz
Pelo menos num segundo qualquer derrepente
Amar é assim
Amar o agora e não esperar o porvir
Amanhã será muito tarde
Não deixe que os silêncios tornem-se eternos
Manaus, 08.07.2011 às 00:45