Eu não quero mais jogar

Eu não quero mais jogar

Eu não quero mais jogar.

não com essas regras que não fiz.

Não com esses objetivos que não tracei

Não com esses prêmios que não me interessam.

Não quero mais ser um mero peão

conduzido com antolhos por regras e convenções,

sujeito a dados que não lanço,

atravessando casas que não quero.

Não quero mais muletas,tenho minhas próprias pernas

e não importa quantas vezes caia, me levantarei novamente.

Tenho vontade e força para leva-las

aonde eu quiser ir, como eu quiser ir.

Não quero sujeitar meu destino

a deuses,governantes ou mídia

nem minha felicidade a bens

perecíveis e ilusórios.

Não preciso que me digam

como me vestir, agir ou falar

não quero ser mais um fantoche

nessa peça tosca encenada nesse teatro de marionetes.

Quero ser apenas eu mesmo

manifestar meus desejos

escrever meus versos

expargir minhas palavras

não peço que me sigam

não quero que me copiem

quero que criem, pensem

elaborem idéias,construam

Quero discussões saudáveis e enriquecedoras

não idéias pré-formatadas

quero criatividade, inovação

e não velhas idéias com roupagens novas

Quero o amor sem condições

sem regras,convenções ou tabus

quero liberdade, não cadeados

correntes e grilhões por todos os lados

Quero um mundo onde o respeito gerado individualmente

espalhe-se e espelhe-se por todo coletivo

Quero que o nascer do sol

seja um espetáculo aplaudido

não o lamento pelo começo

de mais um dentre tantos dias iguais.

Não quero mais que decidam

o que vejo,leio, ouço ou faço

quero exercer minhas escolhas

e conduzir ao meu bel-prazer meu Dharma

Não aceito mais divergências

de cor,credo ou sexo

Somos células de um mesmo organismo

formadoras de um micro universo.

Temos que crescer harmonizando as diversidades

e não morrermos intransigentes por elas.

Células mal formadas contaminam as outras

mudam suas essências , tomam-nas

tornam-nas cancerígenas lebvando-nos a morte.

Quero viver e quero que você viva

com o mel e o fel das suas escolhas

busquemos a felicidade juntos

Me dá a sua mão ...

Leonardo Andrade