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De dentro da flor do sexo,
Brotou um jato,
Em forma de desacato,
Que nos percorreu a coluna.
Conduziu-nos pelas densas brumas,
Numa louca expectativa,
Como se tivesse alternativa,
Mais alguma!
Saída nenhuma,
A não ser um dentro do outro!
Mescla de rostos...
União de plexos.

Rompemos todas as barreiras,
Escalamos as estribeiras.
Decoramos as ribanceiras,
Com sensuais trepadeiras...
Explosão de desejo
Ou de carência...
Reviravolta no enredo,
Instintiva cadência!
Expandimos os limites da decência.
...Costeira indecência!

Estraçalhamos as cadeias do tempo,
Com o nosso escandaloso engatilhamento...
Quantas horas?
Não sei. O gosto era de desforra!
“A Volta do Amor dos Excluídos”!
Os mais belos fluídos,
Mais verdadeiros,
Como aqueles, primeiros!
Buraco negro iluminado,
Pelo desejo realizado!

Um descompasso,
Para um perfeito compasso.
Nossos braços!
Nenhum cansaço!
Nenhuma noção,
A não ser a fusão,
Através da colisão,
Da coalizão.
Contrariando todos os padrões!
Irrigando os sertões...

Coreografia horizontal,
Absolutamente sensacional!
Plenamente sensorial,
Audivelmente celestial!
Uma nova conduta,
Bem mais impoluta!
O sexo nas alturas,
Redigindo suas próprias escrituras.




Vídeo indicado:
Fabiana Cozza
“Embarcação”

http://www.youtube.com/watch?v=73JVAUiBmx0&feature=related

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 22/07/2011
Código do texto: T3110737