MEUS DELIRIOS

Em transe profundo, tive meus sonhos.

Via-me deprimido diante de maldades,

Acontecimentos que jamais aconteciam,

E hoje, corriqueiros, nem surpreendem,

Pois a sociedade viveu transformações.

Vi crianças tão pequenas violentadas,

Mães que às abandonam após partos,

Sorrateiramente jogadas em entulhos,

Como se fossem restos descartados,

E depois tiritando de frio encontradas.

Foram Anjos que vieram protegê-las,

Até encontrarem quem às acolhessem,

Pois ainda existem bondades infinitas,

Que se comovem e derramam lágrimas,

E depois a criaturinha recebe proteção.

Em meus delírios vi o sofrimento de mães,

Agredidas pelos parceiros que escolheram,

Pois promessas de amor antes existiram,

Que se romperam diante de brutalidades,

E em vez de rosas receberam agressões.

Jovens que poderiam sonhar com o amor,

E ver como é lindo amar verdadeiramente,

Como receber uma flor de pétalas macias,

Trocam suas belezas por ilusões tão falsas,

Drogas viciantes que dizimam seus corpos.

Meus delírios que à princípio assustaram,

Foram aos poucos se dissolvendo e acordei,

E vi que ainda existem tantas esperanças,

Pois o amor é a maior das recompensas,

Que jamais será vencido pelas maldades.

23-07-2011