::::: PALAVRAS DESCONEXAS :::::

Chamarei à ponta da minha caneta

Todas as metáforas e hipérboles existentes

Para ajuntar as palavras desconexas

Que ardem no meu peito indolente!

Eu sou a contínua guerra

Que os seus lábios podem amansar.

Eu sou o leão - a fera -,

A inconstância e o medo.

Eu sou a noite em treva

E da solidão o desespero...

Eu sou o dia nublado

E a noite sem luar.

Eu sou quem morre de solidão

E quem seca de tanto chorar.

Eu sou a música inacabada

E a poesia jamais interpretada.

Eu escrevo dor por sentir muito amor,

Eu escrevo em lágrimas por querer sorrir.

Eu vivo a putrefação em minha dor

E sangro no amor que nunca quis sentir.

Mas eu a amo...

Socorre-me, tu que tens nos olhos minha paz.

Ajuda-me, tu que levas consigo minhas noites.

Beija-me a face para que eu morra feliz...

Porque de trevas me arremato e assim fico

Enquanto não chega o dia

Em que eu deitarei sua face em meu colo e,

Beijar-te-ei a face com tamanha candura

Que esse momento marcará a imensidão.

Eu choro quando sinto dor,

Eu rio quando tenho alegria,

Eu canto quando tenho esperança

E quando amo... Eu te verto em poesia.

E quando me vier a morte,

Deixei no seio da eternidade

A razão da minha alegria...

E para ti...

Deixei todo o amor que em mim existia.

Ygor Pierry
Enviado por Ygor Pierry em 25/07/2011
Código do texto: T3118632
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