AMO-TE

Amo-te,

Não pelos seus predicados,

Nem tão pouco pelos seus pecados.

Não pela sua performace ao fazer amor,

Muito menos por me imprimir tanta dor.

Amo-te,

Não por me fazer exprimir suspiros profundos,

Ou por eclipsar nossos tão opostos mundos.

Ainda menos por dominar meus pensamentos,

E me fazer aluna dócil de seus ensinamentos.

Amo-te,

Não por me arrepiar ao seu corpo nu tocar,

E ainda sentir vontades de que este ato possa imortalizar.

Também não é por suas mãos me consumirem em profundo calor,

E que eu cega grite em profundo orgasmo: EU TE AMO! Como tantos que nem sentem o amor.

Amo-te,

Não pela banalidade de um amor de foto novela,

Nem pela ausência de cor em múltipla aquarela.

Amo-te, sim, amo-te,

Porque meu corpo é cativo do seu,

Minha alma é gêmea da sua, e este sentimento é presente ou castigo que Deus me deu.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 08/12/2006
Código do texto: T312685