Não maltrate a criança
Ante uma página branca,
Todas as letras fazem sentido,
Depois de bordados uns pontos,
O acervo fica reduzido.
Agora que olhastes meus olhos
começando escrever esperança,
Se parares a folha estraga,
E chora a minha criança
A fase infante é mui sensível
Maturidade é escada, suba,
Aquela faz sujeira e chora
Adulto viaja, vai pra Aruba.
Voltando, a criança tem medo
Pavor da solidão no escuro;
Então não omita socorro,
Pule depressa esse muro.
Não frustres meu desejo, pois,
E leve de graça o meu carinho,
Só não comece um texto pra dois,
E me deixe depois, lendo sozinho