Eis-me aqui

Apresentando O Transversal “La Folie e outras migrações de aves, de outros seres, de outras almas (algumas minhas…)”

[Então, descanso-me,

Descanso-me no teu peito,

Nas tuas águas azuis,

Que tocam levemente este nosso areal].

[Só nosso...]

Circuncisão do coração,

...

Deste coração gasto que como prosélito

Se aproximou de ti,

[De ti,]

Mergulhou nas tuas águas,

Acalmou marés violentas, alguns sonhos,

...

De tão longe mergulhados, afundados.

Eis-me outra vez,

Enterrando os pés na areia molhada,

Sem ondearem ao sabor do vento,

Ao sabor de saudades gastas. Gastas de,

De tanto relembradas.

Eis-me aqui, como prosélito,

Sem provérbios decorados, despojado do corpo,

Ansiando pelo teu canto suave,

Entregue nesta solitária migração,

Querendo os descansos no teu peito,

Do teu colo.

[Querendo o descanso do arensar do cisne,

Querendo o descanso do bramar do mar.].

Gritarei então no centro do eco:

- Eis-me aqui alma.

...

[Que a alma da poesia voe para além do verso para além do horizonte sempre para além do navegador do horizonte desfeito pelas severas ondas da solidão do prosélito sempre para além do provecto que viajou pelo mar pelos céus mas que nunca viu a alma da saudade na alma de si a poesia é alma].

Nkisi
Enviado por Nkisi em 10/08/2011
Código do texto: T3151581
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