A volta do menino poeta

Vejo-te; sem segredo sobre a vida,

Queres a mim - a doce sedução!

Meu amor, dá-me o braço do vulcão!

Podes vivê-lo essa cor, a alma erguida.

Sou jovem; sem balção e com despeito,

Vai sentir-se o viver em meus amores;

É do passado; que terás as flores,

À mulher que eu amo; ao belo proveito.

O coração do teu peito; meu anjo!

Dá-me o teu coração, ali no encanto;

Dá-me o teu desejo, que eras o canto

Amo; ali no fulgor que eras o banjo.

Se eu cessar à volúpia; meu amor,

Certo, que canta o colo dos anelos;

Quero-te tanto! Do delírio a vê-los!...

Faço-te os versos da paixão, sem dor.

Ó sentimento! Sem morte! Ó volúpia!...

Do coração que me cinges o talhe;

Faze o desejo; ali no teu entalhe,

Sou bem-querido, escrevo-te o teu dia.

O coração; que é do viver à virgem,

Pode o lirismo entalhar ao namoro;

Ó poesia! Do amor que eu não choro!

Se te eu cessar à noite da vertigem.

Autor:Lucas Munhoz 15/08/2011

Lucas Munhoz (Poeta clássico)
Enviado por Lucas Munhoz (Poeta clássico) em 15/08/2011
Reeditado em 13/09/2011
Código do texto: T3160899