Meu amor morreu, mas eu continuo vivo

Meu amor morreu,
mas eu continuo vivo.
Eu continuo pronto,
e continuo aberto
a novas experiências.

Meu endereço é Rua Bertold Brecht,
casa número doze,
perto do chafariz
das imensas águas azuis.

Quero beijos e abraços.
Quero afagos.
Meu corpo está aí
para o toque das mãos.

Meu corpo está aí
para os olhares malditos.
Dispo-me com precisão,
nu - sou apenas um osso enfeitado.

Não darei nada em troca.
Mas posso começar a me libertar!
Beto Carrasco
Enviado por Beto Carrasco em 12/12/2006
Reeditado em 13/12/2006
Código do texto: T316138