[Sigo o cantar da baleia como um som...]

Apresentando O Transversal “La Folie e outras migrações de aves, de outros seres, de outras almas (algumas minhas…)”

Sigo o cantar da baleia como um som vindo dos deuses dos mares nos sossegos de tantos corais [.]

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Som único que me provoca que me indica

Caminhos nas areias perdidas virgens de conchas

Virgens de nuvens que anunciam tempestade

E mesmo que o frio dos gelos toque na minha pele

A recordação do calor do teu corpo no meu

Aquece-me como o sol que imaginámos sempre

Presente sempre guardado no amago de nós

Na nudez da alma [.]

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Colam-se as almas como gémeos idênticos óctuplos

Palavras que apenas nós entendemos que se grudam

Que se completam como códigos sentidos sem descansos

Na nudez da alma [.]

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Caminho nas areias perdidas virgens de conchas

No fundo do mar respirando o teu perfume

Imagino então o teu céu e as constelações

Que te cobrem de cometas deslumbrantes

Clareando a noite onde os pirilampos acasalam

Ofuscando a luz de uma lua meio escura

Na nudez das nossas almas [.]

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Na nudez das nossas almas fica o cantar da baleia

Que os deuses um dia quiseram que fizesse parte

Para todo o sempre de ti de mim de todo este mar

Nosso mar que esconde as amendoeiras em flor

As margaridas de todas as cores os campos ondulados

Pela suave brisa do teu olhar [.]

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Ah o olhar sem paragens sem descansos que fica

Que fica mesmo que os deuses dos mares um dia

Ceguem-nos por amar tanto neste nosso mar [.]

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Nkisi
Enviado por Nkisi em 15/08/2011
Código do texto: T3161425
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