A menina da colina

Ali entre as colinas, ao redor da natureza e seus encantos,

Encontra-se uma cidade aconchegante e envolvente,

Com o jeitinho europeu e com costumes,

Que atraem muita gente.

No meio daquela multidão,

Dá para perceber a presença dela,

Uma linda menina de cabelos negros,

Tão linda, tão meiga, é Stella.

Stella que sonha,

Com o amor que não encontrou,

È singelo o doce encanto,

Por esse amor que não chegou.

Das colinas dá para ver,

Quem na cidade vai chegar,

E naquele dia,

Sentiu o seu coração pulsar,

Era lindo aquele rosto...

Com a barba bem feita e aparada,

Olhos castanhos como a terra,

Pele clara e bem cuidada.

Stella sente então,

O pulsar de seu coração,

Quem seria aquele homem,

Que veio de longe e muito além.

Cai a noite nas colinas,

Seu vestido negro marca o corpo,

Espera encontrar novamente,

Aquele de seu sonho.

Seu espanto, no entanto,

Não a permite sonhar,

Ao se deparar com aquele

Que quer o coração amar.

Ali longe de todos,

Sozinhos, distantes,

Encontra-se o casal,

Os mais novos amantes.

Stella entrega o coração,

E recebe em sua ilusão,

O coração do outro

Dando-lhe amor e paixão.

E na relva da colina,

Sob a benção do luar,

Stella sente em seu íntimo,

Seu desejo avassalador retornar.

Aqueles dos cabelos escuros,

Do beijo doce como o mel,

Deixa Stella em êxtase.

Sua alma chega ao céu.

E durante toda a noite,

Amam-se aqueles dois,

Em nada imaginaram na hora,

Pensa-se apenas depois.

No doce e meigo acariciar,

Entre as pernas que se enlaçam,

A mão marota percorre,

O corpo que está a desejar.

Os beijos se tornam quentes,

Envolventes de paixão

O que seria aquilo?

É bem mais que tesão.

Vem o sol...

Trazendo um novo dia,

Das promessas feitas ao luar,

Agora só resta a nostalgia.

Ele saiu de repente,

Deixando Stella a chorar,

Mas como viver esse amor,

Que não há de retornar.

Foi e saiu de mansinho,

Deixando o coração doente,

O que lembra Stella então?

Vê-lo partir junto ao poente.

Leva a esperança,

E tristeza de uma desilusão,

Leva o carinho de Stella,

Que se entrega á dor em vão.

E passam os anos a fio,

A chorar apenas está,

Stella ali na colina,

Sonhando o amor reencontrar.

De tanto esperar sem sucesso,

Stella veio a esmorecer,

Caiu de cama a coitada,

Esperando apenas por morrer.

E assim foram os anos,

Que de tantos nem se sabe,

Da menina da colina,

Que sofreu pela saudade.

A saudade que foi má,

E não deixou de existir,

Stella deixou essa vida,

Triste por não conseguir.

Foi embora a pobre,

Sem ao menos saber,

Se aquele amor da colina,

Um dia iria rever.

O que não sabia a menina,

E que por detrás daquela colina,

o coração do amado por ti chorava,

Nas lembranças da noite adorada.

Helenynha
Enviado por Helenynha em 17/08/2011
Código do texto: T3165452
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